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Renata Ishikawa

Esposa, mãe típica de uma jovem de 18 anos e atípica de uma criança autista de 4 anos. Formada e atuando há 20 anos em administração com pós graduação em finanças empresariais, meu caminho foi re-direcionado quando recebi o diagnóstico de autismo da minha filha caçula. A minha atual missão aqui é ajudar pessoas a conhecer e aprender com as minhas experiências sobre o autismo.

Ter uma filha autista me ensinou a ter cada vez mais paciência

Paciência em cada passo, em cada gesto, em cada momento! Pode parecer que estamos intolerantes à tudo, mas a realidade é que nos tornamos mais fortes, mais práticos e mais pacientes! Se fôssemos intolerantes não lutaríamos tanto… somente brigaríamos… mas o fato é que muitos veem só o que mal respondemos, ou o quanto “sumimos” , ou o quanto falamos “só de autismo”… e aí vai o texto abaixo… 

Tenho sorte de ter apoio de parte da família SIM, de alguns amigos… mas a realidade para muitos é outra…. 

Reposte do texto do Instagram =  @autismonavidareal

Nós, mães e pais de autistas, estamos cansados de sermos julgados por pessoas que não vivem a nossa realidade..

Muitas vezes, temos que provar que não estamos vendo chifres em cabeça de cavalo, quando se trata de autismo, E isso chega ser exaustivo. O pior é que vem de onde não esperamos, acreditem! Todos os dias ouvimos de familiares, amigos ou professores, algo pejorativo a respeito dos nossos filhos.

O autismo está ali, mas parece ser invisível para muitos. Pois, para julgar, parece que pegam a senha e esperam alegremente dizermos: “Próximo!

A luta diária já é tão pesada, mas parece que muitos encontram espaço para torna-la ainda mais dura. A luta paralela que enfrentamos por conscientização, parece ser ainda mais árdua. Tudo porque nossos filhos não se encaixam nos padrões pré estabelecidos da “criança perfeita!”.

Diariamente converso com mães, que me dizem com um rasgo no coração que onde menos encontram apoio é no meio familiar!

Chega ser inacreditável!

Pais e mães a cada dia deixam de estar entre os seus, são julgados por isso e ninguém pergunta o porquê do afastamento. Às vezes, é mais fácil a “família especial” sair de cena do que aprender com ela. Sair da caixinha da trabalho e ninguém tá a fim, essa é a verdade!

Vejo e ouço relatos que me sufocam num grito que vem da alma e digo, basta!

Basta de ter que reafirmar um laudo!

Basta de explicações para pessoas que ao contrário de tudo, não acrescentam em nada na caminhada!

Por isso, compartilhe, grite, fale, sobre Autismo. 

Juntos nos tornamos fortes!

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