Considerado o mês de prevenção e conscientização ao suicídio, o Setembro Amarelo iniciou em 2015 com uma campanha, com o objetivo de promover o diálogo sobre saúde mental, buscando reduzir o estigma e incentivar as pessoas a buscarem ajuda quando necessário.
Neste mês, diversas ações são realizadas para alertar sobre a importância de falar abertamente sobre o suicídio, reconhecer sinais de alerta e oferecer apoio emocional. Instituições, escolas, empresas e governos promovem palestras, eventos e iniciativas de conscientização.
A cor escolhida amarela, é um símbolo de luz e esperança.
O primeiro passo para a prevenção e que todos podem fazer a diferença, oferecendo apoio e acolhimento a quem mais precisa.
O suicídio é uma questão de saúde pública que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, a cada 40 segundos, uma pessoa tira a própria vida. No Brasil, são registrados cerca de 12 mil suicídios por ano, sendo a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
É muito importante estarmos atentos a isso. Quando houver sinais de depressão, ansiedade ou comportamentos que indiquem risco, devemos direcionar a pessoa para que busque ajuda profissional de psicólogos, psiquiatras ou outros profissionais de saúde mental. Principalmente em jovens, pois é um desafio, muitas vezes, eles se abrirem quanto a isso.
O suicídio entre jovens autistas é algo cada vez mais preocupante. Embora o transtorno do espectro autista (TEA) seja amplamente conhecido por suas características relacionadas à comunicação e ao comportamento, a saúde mental desses jovens muitas vezes é negligenciada, o que pode aumentar o risco de suicídio. Estudos indicam que, pessoas no espectro autista, enfrentam uma maior incidência de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais. O desafio dos autistas em expressar sentimentos, lidar com frustrações sociais e comunicar suas angústias torna tudo isso muito mais desafiador.
O isolamento social é uma das principais causas associadas também. Muitos jovens autistas enfrentam dificuldades em se conectar com seus pares, levando sentimentos profundos de solidão, baixa autoestima e desespero. A incompreensão das suas necessidades e peculiaridades, tanto no ambiente escolar quanto familiar, pode agravar esses sentimentos.
Além disso, o bullying e a discriminação são experiências comuns para muitos jovens autistas, o que aumenta ainda mais a vulnerabilidade psicológica. Situações de exclusão e violência emocional podem ter um impacto devastador sobre a saúde mental, alimentando pensamentos suicidas.
É fundamental que pais, professores, educadores, terapeutas e amigos estejam atentos aos sinais de alerta, como mudanças de comportamento, retraimento e falas sobre desesperança. O diálogo aberto e o acolhimento são ferramentas poderosas para que esses jovens se sintam compreendidos e amparados. Isso para todas as pessoas, especialmente para os autistas.
Se você ou alguém que conhece está passando por momentos difíceis, lembre-se que não está sozinho. A ajuda está disponível, e o diálogo pode salvar vidas.