O termo seletividade alimentar possui significados variados, que incluem a recusa alimentar, repertório restrito de alimentos e até mesmo a ingestão frequente de um único tipo de alimento.
A seletividade alimentar pode ocorrer em qualquer fase da vida do autista, mas, por mais difícil que pareça, é uma condição em geral, temporária que tem solução. No meio disso, os responsáveis pela criança devem assegurar que a alimentação está sendo feita de forma segura e saudável. Claro que nem sempre é possível.
Vou dar alguns exemplos aqui como mãe de autista. A Isa não come de “tudo”. Ela ama pipoca, milho cozido com sal e um pouco de manteiga, algus tipos de cookies, certos tipos de macarrão, arroz, feijão e tem que ter farofa (ah, e a farofa é uma marca bem específica). O feijão preto ela AMA. Adora nuggets e batata frita (a do Mc Donald´s não tem erro). Não gosta de nenhuma fruta. Para ajudar na alimentação, colocamos beterraba quando estamos preparando o feijão. Muitas vezes colocamos carne bem moidinha misturada para ter uma proteina na alimentação. Muitas vezes ela come sem questionar.. outras precisamos retirar do prato.
Apesar disso, a Isa até come muitos alimentos que outras crianças autistas não comem. Conheci um austista que comia somente carne com ketchup no almoço e jantar e de lanche torrada com atum. Bem específico assim mesmo.
Claro que com terapias, conversas, buscamos introduzir outros alimentos no dia-a-dia da criança, mas nem sempre é algo fácil de se fazer.
A introdução de novos alimentos na rotina de uma criança autista deve ser feita com cautela. Os pais precisam respeitar os limites da criança, fazendo cada mudança aos poucos. Dessa forma, o adulto não deve forçá-la a comer, mas sim oferecer alimentos variados para que ela mesma tenha o interesse em se servir.
Criar um passo a passo para familiarizar a criança com a hora de comer ajuda muito na seletividade alimentar do autismo! Influencie ela a ajudar no preparo para a refeição, como: organizar a mesa, lavar as mãos e sentar à mesa com os familiares.
Importante, não forçar nada! Paciência e perseverança andam juntas nessa caminhada.