Antes de entender como trabalhar e aprimorar a flexibilidade cognitiva nas pessoas com TEA, é importante entender primeiro o que é a rigidez cognitiva no autismo. Esse aspecto cognitivo é um dos fatores que influenciam o diagnóstico do TEA e é o responsável pelos comportamentos repetitivos, apego excessivo à rotina, interesse obsessivo em algum assunto ou brinquedo, entre outros comportamentos que demonstram a falta de capacidade de mudança e adaptação.
Pessoas com o pensamento rígido, muitas vezes, têm dificuldade em aceitar a visão e pensamentos de outras pessoas e podem ficar extremamente angustiadas quando algo acontece diferente do esperado ou planejado, quando a rotina muda, por exemplo, e, no caso de crianças, quando alguma brincadeira é interrompida ou termina diferente do que a criança estava acostumada.
É importante ressaltar que, no caso de pessoas com TEA, essa característica não é fruto de teimosia ou falta de educação. Ainda que esses traços levem a muitas condutas opositoras, a rigidez cognitiva no autismo não acontece por escolha da pessoa. É uma condição que afeta, em maior ou menor grau, a maioria das pessoas no espectro.!
Texto – Paulinha Psico Infantil.
Amei 💙🙏
Sou pedagoga, com experiência na área de educação há mais de 30 anos, percebo que a questão da rigidez cognitiva pode ser flexibilizada aos poucos com algumas crianças e adolescentes autitas. Há maneiras ou estratégias que podem ajudar o cotidiano dos autistas. É importante que a família também compreenda isso e busque orientações para oportunizar algumas flexibilidades, para que a criança não fique “presa” numa condição pré-estabelecida. Sempre é possível avançar em alguns pontos com muita paciência, calma, respeito ao tempo da criança/jovem.