As mães de autistas relataram gastar pelo menos duas horas a mais por dia cuidando dos filhos do que as mães de crianças sem neurotípicas.
Estas mães também tinham duas vezes mais probabilidade de ficarem cansadas e três vezes mais probabilidade de passar por eventos estressantes.
Segundo pesquisas divulgadas no – Journal of Autism and Developmental Disorders, mães de autistas experimentam estresse crônico comparável ao de soldados de combate e lidam com fadiga frequente e interrupções no trabalho.
Os pesquisadores acompanharam um grupo de mães por oito dias consecutivos e ao final mediram o nível do hormônio do estresse nas mesmas.
Mães atípicas têm, comprovadamente, um nível muito maior de estresse.
“No dia a dia, as mães em nosso estudo vivenciam eventos mais estressantes e têm menos tempo para si mesmas em comparação com as demais mães em geral”, diz Leann Smith, psicóloga de desenvolvimento da Universidade de Wisconsin-Madison que trabalhou em uma das pesquisas”.
Evidências de níveis mais elevados de estresse e sofrimento psicológico foram encontradas em mães de filhos no TEA. Estas mães tinham:
- preocupação com a permanência dos sintomas
- má aceitação dos comportamentos autistas pela sociedade e, frequentemente, por outros membros da família;
- níveis muito baixos de apoio social recebido >>> Sharpley, et al. (1997)
O termo ” mãe atípica ” não está embasado na condição neurológica da mãe, mas no exercício de uma maternidade que, pude observar, e reconheci como mais desafiadora e carregada de funções extras, quando comparada a maternidade exercida pela média das mães de filhos neurotípicos.
Na minha visão um filho atípico traz ao seu lado uma mãe atípica.