Ao contrário do que muitos pensam, a inclusão de pessoas com deficiência nas empresas vai muito além da Lei nº 8.213/91 de 24 de julho de 1991 ou Lei de Cotas, que define que empresas com 100 ou mais funcionários devem preencher de 2% a 5% dos seus cargos com profissionais PCD.
A contratação não é, ou ao menos não deveria ser, baseada apenas em uma Lei, mas na importância em se incentivar a diversidade no ambiente corporativo e deixá-lo cada vez mais inclusivo. E isso requer o engajamento de todos, desde o CEO aos colaboradores, mudando a cultura organizacional para que todos convivam nestes espaços com respeito e igualdade.
Além disso, a Lei 13.146 de 6 de julho de 2015 no estatuto da pessoa com deficiência, tem como foco a promoção da autonomia individual, da acessibilidade e da liberdade. Ou seja, não oferecer acessibilidade para pessoas com deficiência, como rampas de acesso e elevadores ou transportes adaptados, é também uma forma de capacitismo, justamente porque não enxerga essas pessoas como indivíduos.
Ser diferente NÃO é um defeito.
Existem inúmeras pessoas com deficiência que são super talentosas e competentes nas suas áreas e profissões. Antes de qualquer classificação, são PESSOAS e têm o direito de ser quem são, terem oportunidades, acesso, respeito e dignidade. Cabe a cada um de nós o cuidado no falar, no agir e em saber lidar com a deficiência do outro com mais empatia, e assim eliminar quaisquer sinais de discriminação.
Se você não sabe como falar ou tratar alguém que tenha uma deficiência, antes de qualquer coisa, estude a respeito, leia, busque informação, faça um letramento e mude o seu pensamento. Quando você se coloca no lugar do outro, dá o primeiro passo (de muitos!) para derrubar o muro dos preconceitos.
Repensar, mudar a forma de falar, saber se expressar. Pequenas ações como estas promovem grandes mudanças e rompem as barreiras da discriminação.