O CDC (Centro de Controle de Prevenção e Doenças), órgão do governo dos Estados Unidos da América, atualiza uma pesquisa a cada 2 anos, e é a principal referência mundial a respeito da prevalência de autismo. Nesta pesquisa, são considerados crianças com apenas 8 anos de idade. O resultado foi divulgado dia 23 de março deste ano (2023).
Prevalência significa que – número de casos existentes numa determinada população.
Os dados foram de que, 1 em cada 36 crianças de 8 anos são autistas nos Estados Unidos, o que significa 2,8% daquela população, com crescimento de 22% do ano de 2021 (ultimo dado apurado), que era de 1 em cada 44 crianças de 8 anos.
No Brasil, não temos dados de números de pevalência de autismo. No entanto, se realizarmos a mesma proporção desse estudo citado acima com a população brasileira, poderíamos ter cerca de 5,95 milhões de autistas no Brasil.
Os novos números do CDC mostram que a prevalência de autismo continua subindo, o que não acredita ser algo biológico e sim, uma melhoria no diagnóstico e o tema mais discutido, difundido e está mais conhecido entre a população.
Temos dados do CDC divulgados detalhados como: Porcentagem de diagnósticos de autismo em cada etnia.
Asiáticos (3,3%)
Hispânicos (3,2%)
Negros (2,9%)
Brancos (2,4%)
E pela primeira vez, estes dados apresentam o oposto das diferenças raciais e étnicas observadas nos estudos anteriores do CDC. Essas mudanças significam uma melhor triagem, conscientização e mais acesso a serviços entre grupos “historicamente” mal atendidos nos EUA.
A divisão entre gêneros na prevalência de pessoas com diagnóstico de autismo continua apresentando um número bem maior de homens. A relação do estudo apresentado hoje é muito próximo dos anos anteriores, de 3,8 homens para cada mulher. A cor azul simboliza o autismo porque sua incidência é maior em pessoas do sexo masculino.
Há muitas discussões a cerca dos critérios diagnósticos sempre terem sido direcionados às características mais comuns no sexo masculino. Além disso, apontam que as habilidades femininas de mascarar (MASKING) alguns sinais de autismo, indicaria a possibilidade de números diferentes dessa relação de gênero.
Não espere o autismo “bater à sua porta para ter um entendimento e conhecer. Conheça já.