O transtorno do espectro autista é uma condição que não apresenta cura. Importante salientarmos que, não existe um exame que identifique se a pessoa é autista ou não, por isso, há necessidade de acompanhamento com equipe multidisciplinar para fecharmos o diagnóstico e também para ser trabalhado no autista dentro de suas condições, pois cada autista é UNICO.
Dessa maneira, apesar de cada criança possuir seu próprio ritmo de desenvolvimento, as crianças que se enquadram no espectro autista apresentam muitos desafios no processo de convivência em sociedade
e, por isso, a aplicação de métodos terapêuticos específicos que possam contribuir com o seu desenvolvimento amplo é de fundamental importância.
A referida questão é compreendida mais facilmente quando se percebe que a criança com autismo gosta de brincar sozinha, sem estabelecer relação social com nenhuma outra criança, por isso um trabalho em grupo auxiliará o desenvolvimento amplo deste indivíduo.
Portanto, se o profissional estiver diante de uma criança que se enquadra no TEA (Transtorno do Espectro Autista), as técnicas de psicomotricidade deverm ser aplicadas, no entanto, torna-se essencial que
se respeite as habilidades, dificuldades e, acima de tudo, seu interesse. A referida questão é bastante importante, pois a partir do momento que os limites comportamentais são respeitados pelo profissional, a criança se sentirá mais confortável e, consequentemente, a possibilidade de inseri-la no grupo é bem maior, pois a criança neuroatípica desenvolverá suas habilidades de acordo com as suas necessidades sociais e pessoais.
Vejamos um caso específico de uma criança que se encontra inserida no espectro autista e apresenta um comportamento repetitivo. O profissional responsável pelo grupo de crianças, ao perceber o referido
comportamento, precisa acolher o interesse da criança, mas sem afastar a necessidade de inserir outros elementos naquela brincadeira. Por isso, o que torna a figura desse profissional importante para
o desenvolvimento da criança, é a sua capacidade de identificar necessidades pessoais tanto do indivíduo que se encontra no TEA, como também, do sujeito que não precisa de um olhar especializado. Sendo assim, a partir do olhar cuidadoso do profissional responsável pelo grupo, novas diretrizes são estabelecidas no sentido de auxiliar o desenvolvimento global do grupo, ou seja, irá favorecer não apenas a criança que se encontra no TEA, mas todas as demais crianças que fazem parte do mesmo grupo.