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Renata Ishikawa

Esposa, mãe típica de uma jovem de 18 anos e atípica de uma criança autista de 4 anos. Formada e atuando há 20 anos em administração com pós graduação em finanças empresariais, meu caminho foi re-direcionado quando recebi o diagnóstico de autismo da minha filha caçula. A minha atual missão aqui é ajudar pessoas a conhecer e aprender com as minhas experiências sobre o autismo.

Dia das mães 💙💜

Texto de Fátima de Kwant

MÃE,

Anjo da guarda, protetora, cuidadora, guia, amiga, fã, porta-voz, advogada de defesa, fada-madrinha.

Mãe é a única criatura capaz de nos dar o que mais necessitamos: amor incondicional.

Mães neurodiversas. Mães de autistas, mães de neurotipicos, mães biológicas e mães adotivas.

Mães de crianças perfeitas e mães de crianças com deficiências. Mães que sofreram a dor do parto, mães que nunca engravidaram. Mães que amam serem mães, mães que aprenderam a serem mães.

Mães que têm o privilégio de verem seus filhos crescerem saudáveis e bem alimentados, e mães que morrem protegendo seus rebentos em algum lugar miserável do planeta.

Mães que se prepararam para serem mães a vida toda e mães que aprenderam a se-lo por acaso, mas cujo amor é tão forte quanto.

Mães que fazem a diferença no dia a dia de seus filhos, seja com uma boa ação, uma palavra de carinho ou só com um bolo na hora do café.

Mães que tiram um tempo para brincarem com seus filhos ou lerem seu livro favorito pela trigésima vez.

Mães que lembram de fazer o trabalho de casa e mães que fazem de tudo para chegarem do trabalho a tempo de lhes dar um beijinho de boa noite.

Mães sempre presentes e mães ausentes tentando estar presentes.

Mães conscientes de que nada mais importa quando um filho seu adoece.

Mães que sabem o que seus filhos estão sentindo só pelo olhar ou pelo tom de voz. Mães que sabem o que dizer e, principalmente, quando calar.

Mães que deixam de comprar roupa para si para comprar para seus filhos.

Mães que deixam de comer para alimentarem seus filhos.

Mães que fazem tudo.

Mães que fazem seu melhor.

Mães que fazem o seu possível sempre.

Até que chegue o temido momento do último suspiro, nossa mãe estará sempre na primeira fila, fazendo o que melhor sabe, mais que qualquer outra pessoa no mundo: nos dar tudo o que precisamos, quando ainda nem sabemos o quê.

NOTA: Nem todos têm mães vivas. Nem todos têm boas mães. Não se entristeçam, e busquem em alguém uma referência materna que te compreenda e acolha como se fosse uma mãe de verdade. Eu encontrei várias outras mães e sou grata a cada uma delas.

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